Assentados plantam “floresta comestível” para conter desmatamento
Coletivo de pessoas construindo juntas = mutirão
Coletivo de mutirões = construção de um futuro melhor
Trabalhar em mutirão é uma alegria. Pessoas reunidas com disposição e o mesmo propósito: esta prática ancestral transforma esforço em muitas risadas, aprendizagem e trabalho produtivo. Este foi o astral dominante no mutirão de agrofloresta no assentamento do MST Gabriela Monteiro, em Brazlândia, DF.
O que era pasto degradado agora é uma área com mais de 300 mudas de árvores frutíferas, que em pouco tempo será uma floresta comestível, com solo enriquecido e abundância de água. O assentamento de Grazielle também participa do projeto de mutirão agroflorestal. Já no assentamento Canãa a terra arrasada pela monocultura de eucaliptos ganhou cobertura de palha, vegetação nativa, frutíferas e hortaliças.
E conhecimento: os assentados descobriram que o sistema agroflorestal é capaz de reverter a crise hídrica provocada pela exploração desenfreada e pela ação da grilagem, recuperar o lençol freático e abastecer as nascentes, deixando água para as próximas gerações.
Estes são apenas alguns dos muitos mutirões que estão rolando na região da Bacia do Descoberto. O projeto é uma parceria entre o Mutirão Agroflorestal, o WWF e assentados do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Osmany Segall, um dos instrutores do projeto, explica que a agroecologia é o caminho para a transformação social, garantindo segurança alimentar, geração de renda e reflorestamento. Bora colocar a mão na terra, juntos, aprendendo e plantando um futuro melhor?
Fotos de Guto Zorello

Luciana Sendyk
Escritora
Escrevo livros (autorais ou de terceiros), textos, anúncios, sites, blogs, peças de teatro, projetos diversos e, especialmente, aqui no PorQueNão?. Sanitarista de formação, ecossocialista por opção e vegana por ideologia, feminista e engajada, o que não falta é tema para redação. Acredito que escrever é um ato político e que atuar pode transformar o mundo.
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