Por que a política precisa urgentemente de mais mulheres?
Em um ranking de 190 países, o Brasil ocupa a 152ª posição em relação ao percentual de parlamentares homens e mulheres na Câmara dos Deputados
Hoje as mulheres são a maioria da população brasileira: 52%.
Hoje a representatividade das mulheres na política é menos de 10%.
Ou seja, não somos representadas.
Mesmo as mulheres que estão lá dentro não podem fazer tudo sozinhas. Como é que elas vão entrar no meio de um monte de homem (que não tem nada de bonzinho) e dizer: ei gente vamos pensar na iluminação pública? – porque as mulheres não se sentem seguras andando a noite.
Imagina a reação dos caras.
Dos 193 países pesquisados no mundo sobre a quantidade de mulheres no parlamento, o Brasil encontra-se na 154ª posição. É quase um dos últimos mesmo.
Em mais de 5600 cidades no Brasil, apenas 636 mulheres foram eleitas.
Tudo bem, sabemos que vivemos num país onde os homens têm privilégios e também têm dificuldades de abrir espaço. Por isso criaram-se cotas. É obrigatório ter mulher na chapa da candidatura.
Porém até isso é trapaceado.
Às vezes a mulher é colocada ali só para cumprir burocracia e nem ela mesma vota em si!
Mas por que as mulheres não se interessam pela política?
É claro que elas se interessam, mas como elas vão competir com os outros candidatos se:
- Faltam condições dos partidos
- A condição estruturante é esmagadora. As mulheres, em sua maioria, são responsáveis pelo almoço, pelos filhos, pela casa e trabalham fora. Como ter tempo para fazer algo além disso? Onde está o apoio na sociedade como um todo pra aquela mulher cheia de energia e ideias?
- Em 2017 completamos 85 anos do voto feminino. Quando minha avó nasceu, as mulheres ainda não podiam votar. E até hoje o preconceito de que mulher não entende de política ainda existe.
Agora cabe a nós pesquisarmos mais sobre as histórias das mulheres que estão ingressando ou que já atuam na política do Brasil para mudar esse cenário.
Precisamos ocupar pelo menos metade das cadeiras!
É necessário discutir assuntos como creche, estupro, violência, iluminação nas ruas, transporte e muito mais também pela ótica da mulher.
“Quando uma mulher entra na política muda a mulher, quando muitas mulheres entram na política, muda a política“.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

VIVIANE NODA
Empreendedora social e co-fundadora do PorQueNão?
Viviane Noda é comunicadora por natureza e acredita que sua missão de vida é encontrar soluções comunitárias.
Formada em administração com ênfase em marketing pela ESPM e especializada em Negócios Sociais pela metodologia Yunus, ela acredita que divulgar bons exemplos seja o respiro necessário para dar fôlego na caminhada de um futuro melhor.
Além de escrever, editar, filmar e coordenar, também dá consultoria de comunicação.
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